Zona Norte, terra cheia de promessas e nada de “concreto”

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Nesta sexta-feira (7) recebemos a mais nova promessa da zona norte, a retomada das obras da Linha 6-Laranja do Metrô. Não que isso seja uma novidade pra nós, até porque aqui estamos acostumados com promessas que não saem do papel.

A zona norte tem um longo histórico de promessas de obras viárias que não terminam, inclusive, a maioria sequer saiu do papel. Ficando no assunto de trilhos, podemos citar a construção da Linha 19-Celeste, no qual a zona norte terá quatro estações. Ou, neste caso, teria, já que a Linha foi anunciada há quase 10 anos, mas que ainda nem completou seu processo burocrático para iniciar as obras.

Agora, para mostrar o quanto nossa região é pouco valorizada por nossos representantes, podemos citar o caso da obra de prolongamento da Avenida Cruzeiro do Sul até a Avenida Engenheiro Caetano Álvares. Talvez os mais novos não saibam, mas esse projeto existe há 52 anos, sim, mais de meio século e até agora nada!

Adoraríamos parar por aí, mas seria injusto com outros projetos viários que existem apenas num pedaço de folha. Sendo assim, que tal citar o projeto de ligação entre as avenidas Eng. Caetano Álvares com a Nova Cantareira; ou então o do túnel da Av. Luiz Dummont Villares à Av. Dr. Antônio Maria Laet; também temos como exemplo a ligação da Rua Darzan com a Av. Gen. Ataliba Leonel; e implementação das alças de acesso da Av. Morvan Dias de Figueiredo à Av. Cruzeiro do Sul e à a Av. Santos Dumont. Esse tanto de obra, mas tudo no papel.

Não é a toa que ficamos desconfiados com qualquer promessa de melhoria viária de nossa região, até porque temos exemplos e mais exemplos desses projetos que, a princípio, servem apenas para fins eleitoreiros ou pra causar grande insegurança nos moradores que serão desapropriados caso a proposta realmente avance.

Faz dezenas de anos que a zona norte não inaugura uma obra que realmente melhore nossa mobilidade. É por conta disso que a Av. Luiz Dumont Villares, mais conhecida como “Avenida Nova”, foi inaugurada em 1980, mas que continua sendo a última grande obra realizada na região.