Quem visitar Lisboa no ano que vem vai encontrar uma cidade fervilhando arte. Afinal, acaba de ser divulgado que Lisboa foi escolhida como Capital Ibero-Americana de Cultura em 2017. A decisão da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI) foi unânime e coloca a capital portuguesa em maior evidência no mundo, justamente naquilo em que já é tradição: Artes e Cultura.
Conhecida internacionalmente pela preservação do patrimônio histórico-cultural, a cidade será palco da realização de intensa programação voltada a promover as múltiplas linguagens artísticas e práticas culturais contemporâneas de um conjunto de cidades que reúne mais de 120 milhões de pessoas oriundas da Península Ibérica e América Latina, além de países coligados.
A decisão reconhece Lisboa como uma cidade posicionada para a difusão cultural. Com o título Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana de Cultura, a partir de 7 de janeiro a capital portuguesa será protagonista de uma programação que envolverá mais de 150 atividades divididas em mais de 40 equipamentos culturais. Centenas de profissionais, entre artistas, produtores, professores e divulgadores, serão os responsáveis por construir a cidade cultural, por meio de um diálogo que une os dois lados do Atlântico.
Os aficionados por movimentos artísticos terão a oportunidade do contato com as mais variadas manifestações, que serão apresentadas por meio de dança, teatro, música, artes plásticas e literatura, num sinal de que Lisboa está aberta à diversidade, indo na contramão de muitas cidades, e até mesmo países, que têm demonstrado resistência à abertura cultural.
Lisboa esbanja hospitalidade e costuma receber turistas do mundo inteiro interessados em contemplar sua arquitetura de castelos, palácios e fortalezas que nos leva a uma viagem ao passado – e, no caso do Brasil, aos primórdios de nossa existência, já que somos fruto da coroa portuguesa.
O cenário lisboeta convive com a natureza de onde se erguem o antigo e o contemporâneo. Nos casarios está escrita sua (e, por que não, nossa) história. A cidade foi erguida sobre colinas, que são cortadas por vielas cheias de atraentes edificações de telhados coloridos e onde surgem mirantes, de onde se pode contemplar toda Lisboa até se perder no horizonte do oceano que encontra o céu normalmente azul.
Suas subidas e descidas são inspiração para as artes; não raro, cineastas e fotógrafos surpreendem os transeuntes ao realizarem seus trabalhos. De outro lado, uma cidade moderna investe em propostas culturais e de lazer acreditando que um país só consegue se desenvolver por meio da educação.
