Segundo investigação da Policia Civil do Rio de Janeiro, obtidas pela Rede Globo, o suspeito do assassinato contra a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) realizou uma visita no condomínio do presidente Bolsonaro, na época, deputado federal.
Segundo registro da portaria do condomínio, o suspeito do crime Élcio de Queiroz disse que iria para casa de Bolsonaro. Em depoimento, o porteiro alegou que o visitante recebeu autorização de uma voz identificada como “Seu Jair”. A visita ocorreu no dia 14 de março de 2018, horas antes do assassinato da vereadora.
No entanto, os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro estava em Brasília no dia.
No mesmo condomínio mora Ronnie Lessa, o principal suspeito de ter feito os disparos contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Foi no imóvel de Lessa que a Polícia do Rio fez a apreensão de 117 fuzis.
Reação de Bolsonaro
Em resposta a reportagem da TV Globo, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo via rede social acusando a emissora e insinuando que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), teria vazado informações sigilosas com o objetivo de concorrer à presidência em 2022.
No vídeo, o presidente reage: “Seus patifes da TV Globo! Seus canalhas! Não vai colar! Não tinha motivo para matar quem quer que fosse no Rio de Janeiro” .
Em relação ao Witzel, Bolsonaro declara que: “O senhor [Wilson Witzel] só se elegeu governador porque ficou o tempo todo colado com o Flávio Bolsonaro, meu filho. Ao chegar à presidência, a primeira coisa que o senhor fez foi se tornar inimigo dele, para concorrer à presidência em 2022”.