Uma corrida ao céu: Santos Dumont, o homem que diminuiu a distância do mundo

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Em quatro textos, você vai conhecer um pouco mais da história do pai da aviação, Alberto Santos Dumont. Até o dia 20 de julho, data do aniversário do inventor – seriam 144 anos -, vamos mostrar as rixas históricas com os irmãos Wright, as invenções, os recordes e o que reserva o futuro. Abaixo, a relação de Santos Dumont com a Zona Norte. Boa leitura!

Muitos sabem que um dos maiores orgulhos do povo brasileiro é o fato de termos em nosso panteão de ilustres o pai da aviação, Alberto Santos Dumont – embora, numa rixa histórica, os norte-americanos creditem o invento do avião aos irmãos Wright.

Os feitos de Santos Dumont são lembrados até hoje por toda a comunidade internacional, e uma réplica de sua principal invenção, o 14-Bis, está na praça que corta uma das avenidas mais importantes da cidade e da Zona Norte, nomeada em homenagem ao aviador que faria 144 anos em 20 de julho.

A avenida abriga alguns dos maiores eventos em vias públicas da capital, como a Marcha para Jesus ou os festejos do Dia do Trabalho. O tema causa controvérsia e divide os moradores do bairro. Uns alegam que as festas prejudicam o trânsito e deixam um rastro de sujeira. Outros defendem a realização de eventos no local, evidenciando o caráter democrático das ruas e a importância que a avenida tem para a Zona Norte.

Via de ligação entre a região e o Centro, a Santos Dumont também delimita um dos maiores aeroportos do país, ainda que dedicado a aviões de pequeno porte e helicópteros: o Campo de Marte.

Dois lados: a Zona Norte e o Centro

De uma trajetória de glória, o local faz parte da tragédia de Dumont: bombardeado por aviões durante a Revolução de 1932 e que supostamente teriam partido para o Guarujá – onde Santos vivia – causou ao pai da aviação tal angústia com o que se tornou sua criação, que culminou em um suicídio, aos 59 anos, três dias depois de aniversariar.

Perto do aeroporto, a Praça Campo de Bagatelle, que abriga a réplica do 14-Bis, emula o local onde Dumont alçou seu primeiro voo. Na Bagatelle francesa, há um monumento que indica os primeiros recordes de aviação do mundo.

Monumento na “nossa” Campo de Bagatelle

Uma história de glória, interrompida de maneira triste, mas determinante para a afirmação do país no cenário internacional. Não à toa, a invenção foi recriada em um dos momentos mais emocionantes e arrepiantes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio-2016: uma celebração da criatividade do povo brasileiro.

Que o espírito de Santos Dumont permaneça e se faça crescer, também na Zona Norte.

Nos próximos dias:
17/7: O aviador, criador (ou criadores) e criaturas
19/7: Nasce o avião. Avião?
20/7: Santos Dumont, o futuro: museu ainda não saiu do papel