DO OUTRO LADO DO MURO
Em 06 de Outubro do ano 2000, a EA Sports colocava nas prateleiras um jogo diferente para Microsoft Windows: O F1 Manager. O produto pareceu ser interessante, mas claramente não “pegou” a onda em diversos países. Entre eles o Brasil, apesar do apelo do tema que, convenhamos, tem volume em público consumidor.
Acontece que de lá pra cá, aos que gostam e acompanham a categoria maior do automobilismo, começaram a entender que as decisões das equipes permitiam ter – ou não – sucesso entre as provas do calendário. Até porque, a própria categoria começou a dividir as atividades de rádio e informações de bastidores nesta mesma década, colocando o público telespectador mais pra dentro da Fórmula 1, abrindo caminhos de discussões e conteúdos em todas as oportunidades.
Ano passado, o “novo” F1 Manager chegou com força para todas as plataformas, além de receber excelentes críticas, mesmo ainda apontado como um jogo nichado no assunto. Sim, e ele é. Mas com algo a mais: A gamificação existente na categoria real torna-se tão interessante a competência em administrar um time inteiro que, por mais maluco possa parecer, o piloto – aqui – é quase um mero coadjuvante.
NÃO DÁ PRA LARGAR
Com um pouco de paciência para entender os múltiplos comandos e decisões que um time precisa para permanecer na categoria, sem contar as pressões de patrocinadores, fãs e dos próprios pilotos quando as coisas não vão bem, o jogo é altamente viciante. É uma experiência diferente, porém, contudo, absolutamente imersiva a cada treino ou provas a cumprir.
O fator humano das pessoas envolvidas e dos pilotos também são notados em F1 Manager, onde poderemos evoluir status de um importante número de engenheiros e responsáveis por cada área. Desde a produção de peças ou então na eficiência de um pit stop. E claro, se não está feliz com nenhum deles, é possível buscar novos engenheiros assim como pilotos e fazer a devida substituição.
EXIGENTE
Outra parte muito importante que diagnosticamos é que, para ao menos sobreviver no “circo”, é preciso ficar atento aos detalhes, pois o gerenciamento recai sobre você, mesmo quando necessário uma análise minuciosa de seu carro e decidir o que deverá desenvolver para chegar aos melhores resultados, levando, em consideração o famigerado teto de gastos da Fórmula 1.
O gerenciamento de pista com feedback dos pilotos, além das decisões levadas ao extremo em uma corrida com muitas bandeiras amarelas ou clima chuvoso, fazem do material ainda mais rico que o próprio jogo F1 2023.
Com gráficos interessantes e alguns exageros (como as tomadas para aquecimento dos pneus, onde os carros parecer virar esquinas no meio das retas), o jogo merece aplausos em pé por conta do universo imerso contido nele.
