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Parte 4: Santos Dumont, o futuro: museu ainda não saiu do papel
Ainda existem dúvidas sobre a real história por trás de Santos Dumont diante do pioneirismo de suas invenções. Muito se discute sobre a importância de seus projetos e da influência dos famosos irmãos americanos Wilbur e Orville Wright nesses procedimentos. Mas, então: quem foi o verdadeiro responsável por lançar a possibilidade de cruzar o céu e o mar?
Orville e Wilbur Wright em 1905No início do século XX, a conquista dos céus era dada por balões e dirigíveis. Tanto que os primeiros projetos eram baseados no sistema de voo de balões. Porém, a discussão ganhava força e tornava-se mais profunda conforme mais inventores engajavam-se para poder desbravar os ares.
Pesando nisso, para estimular a participação dos artífices em mais projetos de aviação e definir marcos históricos, foi fundado em 1898 o Aeroclube da França. A entidade fomentou ainda mais a competição entre os inventores, propósito já anunciado pelo Aeroclube, que viria a premiar aqueles que conseguissem colocar em prática suas criações. Um dos primeiros prêmios do Aeroclube foi conquistado pelo brasileiro, que em 1901 levou para casa 50 mil francos por contornar a Torre Eiffel com um dirigível.
Porém, alguns requisitos do Aeroclube deveriam ser cumpridos para que a realizações fossem consideradas projetos de voo. Para isso, os criadores deveriam apresentar suas invenções diante do público e de uma comissão oficial de cientistas com data marcada. Outro ponto avaliado no processo é se a criação dependeria de fatores climáticos para voar, condição que viria a desconsiderar um projeto, ou se conseguiria fazê-lo por capacidade por capacidade própria.
Naquele momento, muitos cientistas continuavam céticos sobre a possibilidade de um objeto mais pesado que o ar alçar voo.